sexta-feira, 25 de junho de 2010

Hora da festa junina !



No fim de semana passado fizemos uma festa junina para brasileiros aqui em casa. Apesar do tempo não ter colaborado muito (tava uma ventaniiiaaa) veio quase todo mundo e foi muito gostoso !

Algumas coisas da decoração foram feitas por mim e pela Juliana (minha amiga do Brasil que veio nos visitar), as bandeirinhas foram compradas na 25 de março em SP , e as toalhas de mesa foram feitas pela mãe dela e a famosa Neusa (amiga da família). A mão-de-obra pra colocar tudo pendurado no quintal, foi o famoso trabalho escravo do marido e do Josué (namorado da Ju).


Ano que vem vou repetir a dose e enfeitar mais ainda, curtí o negocio viu ?



Beijos e boa semana !

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O lado B da amamentação

Quando estava grávida, procurei vários blogs de mulheres também grávidas que pudessem dividir suas experiências pessoais comigo, e encontrei o "blog da grávida". Ela sempre falou de suas experiencias de forma muito engraçada e descontraída, e fala sobre absolutamente TUDO ( e eu digo TUDO MESMO!), que ela passou durante a gravidez. E estávamos com um pouco mais de 1 semana de diferença de gestação, então pude trocar muita figurinha e risadas com ela. Uma pena que ela parou de escrever assim que o baby nasceu, imagino que agora ela teria muito mais coisas interessantes pra compartilhar.
Ela pediu para a "madrasta do texto ruim" dona do blog objetivando disponibilizar, pra escrever sua experiencia sobre amamentação. É muuuiito engraçado, mas ao mesmo tempo é muito real ! Então resolví colocar aqui.
Pra quem está grávida ou quer somente relembrar essa fase, vale a pena entrar no "blog da grávida" (clique aqui) e também não deixem de ler o "objetivando disponibilizar" da madrasta do texto ruim (clique aqui).

Amamentação – sem romantismos ou frescuras, por favor!


Saudações! Sou a madrasta do texto ruim. Dou consultoria contra amebas escreventes no meu caldeirão, o Objetivando Disponibilizar. Gosto muito dessa menina Dona Grávida, viu? Ela escreve direitinho, o texto dela flui que é uma beleza, enfim, fomos muito com a cara uma da outra – muito embora tanto eu como ela sejamos apenas duas personagens coincidentemente encarnadas por duas grávidas, e nunca tenhamos nos visto pessoalmente. Vai entender… coisas de Internet, oras!

Por isso, eu me ofereci pra falar algumas verdades aqui no cantinho dela sobre amamentação. É que o meu feiticeirinho acabou de nascer, então eu vivi pela primeira vez a experiência da amamentação. E eu posso ser mãe e ex-grávida, mas burra eu não sou! E não suporto ser tratada como tal. (Já disse que sou uma bruxa? Não? Olha, eu sou uma bruxa, viu? E o meu humor é de bruxa, mesmo!)

Por isso, acho profundamente irritante ver um mundo e meio recitando aqueles lugares-comuns sobre amamentação que, de tanto entrarem na linha de produção de textinhos-padrão sobre o tema, já viraram quase um mantra. Senão, vejamos: o que você já leu sobre amamentação?

- é-muito-bom-para-o-bebê

- reforça-os-vínculos-entre-mãe-e-filho

- melhora-a-capacidade-de-aprendizado-da-criança

- desenvolve-a-estrutura-facial-do-seu-filhote

- ajuda-seu-organismo-a-voltar-ao-que-era-antes-da-gravidez

- faz-com-que blá-blá-blá whiskas sachet blá-blá-blá…
Poi Zé, grávidas leitoras deste blog. Tudo isso já foi dito. E tudo isso é verdade.

Mas tem mais umas verdades que só resolvem te contar mais ou menos quando sua gestação já está no fim – e cuja realidade você sente bem na ponta do bico dos seus seios na hora da terceira ou quarta mamada.

É o seguinte: amamentação é um lance maravilhoso. Mas como tudo nesta vida, tem um lado bom e um lado ruim. O lado bom é o lado de um serzinho lindo, fofo, indefeso, que depende de você pra tudo na vida – limpar a bunda de cocô inclusive. Esse serzinho, por quem você vai se apaixonar enlouquecidamente assim que o conhecer, é dotado de uma força i-na-cre-di-tá-vel em suas gengivas. E o sistema de vácuo disponível em sua minúscula boquinha veda seu mamilo, almas, encostos, amebas e afins, e só devolve o seu mamilo pra você quando ele bem entender.

Se você não conseguiu captar a mensagem do parágrafo anterior, traduzo: o lado ruim da amamentação é todo seu, fófis!

A primeira vez que o seu filho lhe abocanhar o mamilo vai ser supertranquila. Afinal de contas, ele acabou de nascer, dá um desconto, né?

Mas no segundo dia de vida do seu filho, ainda na maternidade, você (mais precisamente o seu mamilo) vai descobrir o poder das gengivas recém-nascidas e a força do vácuo da boca do seu filhote. Nesse momento, você vai perguntar a Deus por que Ele não envolveu aquelas arredondadas e sensíveis regiões do seu marido no processo de amamentação. É nesse momento que você vai ter certeza de que Deus é um cara que pende pro lado dos homens (porque, convenhamos, não há nada mais prático do que fazer xixi de pé, sacudir e guardar as coisas depois, né?)

Ao sentir uma das maiores dores da sua vida e questionar as lamparinas do juízo de Deus, você vai (tentar) respirar fundo e vai repetir para si mesma: “Calma, calma, isso passa! Que nem na minha primeira vez! Doeu mas passou!”

Só que, ao contrário do seu hímen, o seu mamilo não vai embora. Ele fica. E não pense que o seu filho vai ser bonzinho contigo, ó mãe fresca, porque ele não vai. Ele vai travar aquelas gengivinhas poderosérrimas nos seus mamilos e vai lhe sugar o colostro, o leite, a vida, as idéias (esse acento vale até 2012), as forças…

No que o seu filhote lhe suga tudo, seu colostro vira leite. E você tem febre por conta disso. E o seu peito fica duro e dói todinho. Solução? Massageie os peitos! Massageie com força, principalmente onde estiver mais duro. E o seu peito dói mais ainda!

Nessa hora, você vai xingar o @#%#$%$%@#$@#$ que teve a @#$#$%@#$%@$% idéia de fazer da amamentação esse tormento. E, ao ver que o seu filho tá fazendo força demais e não consegue sugar todo o leite que precisa, e chora de fome, você vai se desesperar e chorar. E vai fazer toda a massagem que lhe for indicada, até o peito amaciar e seu filho conseguir voltar a mamar em você. Parabéns, você virou mãe! Vou lhe poupar daquela historinha de “padecer no paraíso”, outro lugar-comum que me dá nos nervos.

Para amenizar a dor, só há uma coisa que toda mulher de juízo e bom-senso deve incluir no kit do bebê: procure nas melhores casas do ramo por um troço que se chama protetor de mamilos, feito em silicone. Na minha humilde (/pedante) opinião, o cara que inventou essa engenhoca pode se candidatar a vice-Deus.

Como num passe de mágica, seus peitos não irão mais empedrar como dantes (com trocadilho, por favor – Dante, inferno… entendeu? ;o), seus pobres (e sofridos, e chupados, e mamados, e doloridos, e rachados) mamilos irão ficar protegidos (passe uma pomadinha de lanolina que indicam na maternidade pra ajudar, também) do atrito contra sutiãs e toalhas, e irão cicatrizar mais rápido.

Mas, como muito bem disse o meu pai, você que se dane! Quem importa agora é o seu filho, é ele quem tem todas as prioridades do mundo. Dane-se tudo, sua obrigação maior é alimentar e dar todo o sustento ao seu filho. Até porque, pelo menos pelos próximos seis meses você será mais vaca do que mulher (antes de protestar comigo por ter sido transformada em vaca, lembre-se que se você tiver muito leite vai ser convidada a se valer de um lance chamado “ordenha manual”. E agora, vai protestar?).

Pense assim, e os céus irão lhe recompensar após alguns dias de sofrimento: seus mamilos irão cicatrizar (com a ajuda da engenhoca do vice-Deus), seus peitos irão inchar e você conseguirá usar aqueles decotões liiiiindos, que só a Gisele Bündchen podia usar. Força no decote e na pomadinha de lanolina, e vamos em frente, companheiras neo-vacas!

Ah, sim! Seu filho também vai crescer forte, bonito, saudável, com o sistema imunológico fortalecido, etc, etc, etc…